Sempre fui uma versão do que a sociedade me impôs, na verdade do que eu me impus para ser aceita, pra me encaixar.
Me sentia fora da caixinha e não entendia. Via as pessoas sendo essência e me anulava ainda mais.
Tentava ser mil versões buscando me encontrar e me via mais perdida a cada vez que percebia que aquela também não era eu.
Fui mil e não fui eu.
Nos últimos tempos tenho me encontrado, tem sido libertador e assustador.
Esse eu real é o oposto de tudo que já fui.
Estou aprendendo com ele, estou aprendendo como eu sou.
Estamos no progresso. Eu e meu eu.
Que somos um só, mas estamos dois e estamos buscando nos integrar.
Talvez, bem provável, eu me perca no caminho, talvez tenha que voltar um pouco para depois prosseguir.
E tudo bem.
Hoje eu sei que estou no caminho de me encontrar.
Não se assuste se a mudança for brusca ou se assuste, eu também me assusto às vezes.
Tem horas que parece que estou vivendo outra vida, mas na verdade vivi outra vida por 30 anos e agora finalmente estou começando a viver a minha.
Que assim seja!
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